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quinta-feira, 26 de julho de 2018

A eternidade a preto & branco


É um mistério este poder que sobre mim exerce uma qualquer fotografia antiga. Foi sempre assim, creio, desde que me conheço. Pode ser uma foto minha, de uma familiar, de outras pessoas (conhecidas ou desconhecidas), de um castelo, de uma rua, da azáfama no antigo mercado de peixe, em Machico, da equipa de futebol do Desportivo de Ribeira de Pena de há 40 anos ou mais. Aquilo toca-me como um aceno da Eternidade. Arrepio-me, comovo-me, imagino, sonho. Há nisto um encanto que a razão incompletamente explica. Agora mesmo, no Facebook do meu primo António Melo, numa imagem a preto e branco - entre a avó Adília e a tia Laurinda - descubro a minha querida Mãe, muito mais nova do que é hoje a minha Filha (sorridente e muito longe de sequer imaginar que seria um dia a minha tão querida Mãe). O Tempo, portanto: essa coisa verdadeiramente consubstancial a Deus! 


Ribeira de Pena, 26 de Julho de 2018. 
Joaquim Jorge Carvalho

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