Bússola do Muito Mar

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Número de Ondas

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Demis Roussos, forever and ever

 
 
A morte de Demis Roussos é um pouco parte da minha própria morte, essa coisa escura e fria que, aos poucos, sinto e de vez em quando ainda combato com (irregular) entusiasmo. Comprei discos deste grego universal, dancei apaixonadamente slows com os seus temas, decorei versos (em inglês e em francês), sonhei com uma miúda do sétimo ano ao som de forever and ever, despedi-me de algumas impossibilidades ao som de goodbye my love goodbye.
A mortalidade faz parte da vida, eu sei. Mas nunca bem se compreende, creio igualmente, esse absurdo. É uma lei, digamos, que se nos impõe de modo ora subtil ora brutal.
Eu morri, de certa forma, quando ouvi dizer que Demis Roussos já não era deste mundo. À minha memória chegaram imagens e melodias que, hélas!, também vão deixando de ser deste mundo. E distintamente ouvi, na minha cabeça, sobrepondo-se ao ruído das vozes mundanas que me rodeavam, certo título do grande Ruy Belo antecipando o fim da sua viagem por cá: "Despeço-me da terra da alegria". Pois.

Arco de Baúlhe, fim do dia (com gripe), 30 de janeiro de 2015.
Joaquim Jorge Carvalho

1 comentário:

diler disse...

A ida de Demis nao passa de um passeio por este tempo em que nós nos encontramos. O seu tempo se foi, por enquanto, e assim, para nós ficaram suas belas canções. Penso que elas tem por fim nos levar a pensar em muitas coisas, mas sempre ligadas as nossas vidas e pensamentos. Ele se foi amigo, em breve retornará, e quem sabe muito feliz, a nos trazer belas canções ou viver na simplicidade de vida como a que a maioria de nós. Fique bem.