Desculpai os silvos à chegada e à partida –
Assim saúdo o encontro e a despedida.
Sou este comboio regional
Atravessando o Mundo via Portugal
Parando em todos os apeadeiros e estações
Para saírem-entrarem pessoas, ilusões
Lugares, sensações re-novidades
Amores que são, que foram, saudades.
Sou um trem antigo, dorido e terno
Com alma de verão, cara de inverno
Isto é, Estação Velha dos instantes
Suma ferrovia de amores viajantes.
Desculpai os silvos de passagem –
Sou eu. O comboio. A viagem.
Coimbra, 11 de Fevereiro de 2013.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem (Coimbra B, i.e., Estação Velha) foi colhida, com a devida vénia, em http://www.arturportugal.wordpress.]
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