quinta-feira, 2 de janeiro de 2025
Visão do eterno-concreto ( o poeta em modo de avô)
O avô olha o menino
E vê um futuro a haver
Num mundo cujo destino
Já ele não poderá ver.
O recém-nascido ri-se
No berço que a avó bordou –
É como se o bebé visse
A adoração do avô.
O avô vê no delfim
Algo eterno-concreto
E vê, ao vê-lo, que o Fim
Morre por nascer o neto.
Setúbal, 25-12-2024.
Joaquim Jorge Carvalho
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