1
O poeta dá
asas aos frutos.
2
Os frutos
saem das árvores –
Voam para
fora do pomar natal
Voam à roda
dos olhos
(Voam por
dentro e por cima do poema).
3
Os frutos
exibem ou sugerem
A sua forma
única, a sua específica
Textura, o
seu inconfundível sabor
O seu
característico caroço, a sua
Própria cor,
a sua original condição
De liberdade.
4
Nenhum fruto
volta à árvore original.
Nenhuma
prisão o guarda para sempre.
5
O destino dos
frutos admiráveis é
Serem
admirados.
6
Muitos frutos
tornam-se pássaros, outros
(Que pena
haver o bruto Tempo!)
Envelhecem
Indistintamente.
Vila Real, 04
de Julho de 2015.
Joaquim Jorge
Carvalho
[A imagem foi
colhida, com a devida vénia, em http://www.baudeatividades.blogspot.com.]
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