No blogue da vida, há sempre um texto que, talvez sem que o autor o saiba, é o seu derradeiro post.
Também no Muito Mar haverá um texto que, devido à regra da mortalidade humana, será o último que publicarei. Como será esse texto? Que exegese farão do desabafo, provavelmente singelo, deixado neste caderno mais ou menos diário que tenho alimentado? Que dirão, depois, de mim?
Cá entre nós, gostaria de ser um dia recordado como um gajo que gostava de rir, da minha casa (e da minha família em minha casa), de amigos (e de amigos em minha casa), de Coimbra, de literatura, de arte em geral, de Cafés e de café, de futebol (de jogar e de ver), de correr, de conversar, de silêncio, do anoitecer e do amanhecer. De estar vivo.
Fica isto aqui escrito, já - pelo sim, pelo não.
Coimbra, 26 de Julho de 2014.
Joaquim Jorge Carvalho.
[A imagem faz parte de um dos maravilhosos álbuns de Watterson, Calvin & Hobbes. Com a devida vénia.]
2 comentários:
Também farão referência ao excelente profissional e, no caso do blogue, deixaria de ter a oportunidade de o visitar, de o ler, de o pensar e de o sentir.
RGC
Querida Amiga, agradeço-te a generosidade das palavras e, de modo mais lato, a tua cumplicidade.
Que a nossa Amizade continue para sempre!
Beijinho.
JJC
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