Há olhares, sabes, como
dedos
E enlevos como palatos
provando
A paisagem.
Há palavras como pés
dançarinos
E abraços súbitos como náufragos
Salvando-se da morte.
Há homens devindo poetas
Decorosamente chorando a
ausência
De mundo disponível.
Há música que arrancamos
ao cimento
Dos dias, beijos
conquistados ao caroço
De frutos caídos.
Há delicados malabarismos
de alma
Equilíbrios hábeis de coração
e pão
Trapezismos de sonho.
Outros modos de sobreviver
não
Sei.
Ribeira de Pena, 18 de Novembro de 2013.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://www.contracorrentealternativas.blogspot.com.]
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