1
Portugal é o meu lugar certo:
Chega-me que haja mar
O sol por perto
As horas passando devagar.
2
Desamo os portugueses sem amor
Pelo essencial país
Que só algum mapa interior
Percebe e diz.
3
Também acordo às vezes acordo
indignado
E verbero ferozmente a corrupção
Sinto-me estrangeiro, deslocado
Sem chão –
Mas depois o sol lá me aparece
E lembro-me de Mira, a praia Mãe –
De modo que a revolta me falece
E fico bem.
4
Ó Portugal ingénuo, distraído
Lírico, trapalhão, trabalhador
Burguês, valdevinos, destemido -
Ó meu amor!
Arco de
Baúlhe, 27 de Janeiro de 2014.
Joaquim
Jorge Carvalho
[A imagem
foi colhida, com a devida vénia, em http://www.panoramio.com.]
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