Das mãos do meu amor, do meu conforto –
De modo que celebro essa alegria
Tão simples de hoje não estar morto.
Celebro a frágil Mãe, que vive ainda
O livro com que falo ultimamente
A minha Filha única, tão linda
A amável torrada, o café quente.
Hoje fui correr pela manhã
(Venci muita preguiça, muita dor)
Depois senti-me forte, a mente sã
E o coração cheinho de amor.
Vi da janela, à tarde, a romaria
A procissão pisando o chão de flores
E ouvi uma senhora de Alvadia
Agradecer a Deus por Seus favores.
Eu de mui simples coisas me alimento:
Nada é mais eterno que o Momento.
Ribeira de Pena, 20 de Junho de 2019.
Joaquim Jorge Carvalho
[Foto JJC]
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