Morreu Nelson Mandela. Passei a minha vida a olhar para exemplos de homens maiúsculos (HOMENS) como este. Ele foi capaz de sacrificar o conforto burguesinho e medíocre por uma Causa maior do que o seu tempo, a sua circunstância.
A minha gratidão por este cidadão da liberdade, da paz e de um certo humanismo puro e (dolorosamente) belo vai mais longe do que a simples celebração do político. Vai até ao Homem Maiúsculo que conseguiu ser. Serve-me para pôr em perspectiva estes fardos de nada que hoje enxameiam a contemporaneidade: políticos vácuos e bácoros com mais silicone, interesses ou banhas que gramática e bom gosto.
Ao espelho de Mandela, a humanidade deve orgulhar-se, em primeiro lugar. Depois, pensando nesse Grande Resto sem ideal nem estética que pulula à nossa volta (governantes domésticos, governantes europeus, governantes mundiais), a humanidade deve também envergonhar-se.
Joaquim Jorge Carvalho
[Nota: Soube que o meu amigo (e altíssimo Escritor) Daniel Abrunheiro associou igualmente, no Facebook, o nome de Mandela ao do herói Salgueiro Maia. Ainda bem! "Les beaux esprits se rencontrent", modéstias e vaidades à parte.]
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