Eu amo o Verão, mas sou do Outono. A minha vida é feita sobretudo do tempo que ainda falta para o Verão. É uma vida geralmente pobre de mar. Contudo, teimosa como um rio, caminha sempre, desde sempre, para a certa foz a haver. O passado, o presente e o futuro são muito mar.
quarta-feira, 13 de maio de 2015
Primavera das flores
Tanto tempo, ainda agora
No tempo do coração.
Chora, coração, chora
Que o tempo não volta, não!
Ribeira de Pena, 10 de maio de 2015.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://www.rugidoaoamanhecer.blogspot.com. O título deste texto replica um verso de uma canção que aprendi na Madeira, com a Família do Mestre João. Rezava assim: "Primavera das flores / Como ela não há mais / Ai, Primavera, vai e volta sempre / Ai, mocidade, já não volta mais!" Texto, convenhamos, violentamente rigoroso. A quadra aconteceu-me como um fado de Coimbra.]
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