Eu amo o Verão, mas sou do Outono. A minha vida é feita sobretudo do tempo que ainda falta para o Verão. É uma vida geralmente pobre de mar. Contudo, teimosa como um rio, caminha sempre, desde sempre, para a certa foz a haver. O passado, o presente e o futuro são muito mar.
terça-feira, 15 de maio de 2012
Interrupção
Soube, de rajada, que dois colegas (a H. e o T.) perderam, respectivamente, Pai e Mãe.
Como se sabe, a gente vê na dor dos contemporâneos a nossa própria vida passada, presente e futura.
O meu abraço inútil é toda a utilidade que sou capaz de, neste momento tão triste, oferecer.
É tão grande a Morte e tão pequeninos, em comparação, os nossos pobres suspiros!
Um abraço (cheio desta frágil, patética, humana indignação perante o Fim) para os meus colegas, meus irmãos.
Aqui estou convosco.
Aqui estamos.
Cabeceiras de Basto, 15 de Maio de 2012.
Joaquim Jorge Carvalho
[A imagem foi colhida, com a devida vénia, em http://www.madalena.blogs.sapo.pt.]
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